O laudo pericial que irá apontar as causas da explosão do cilindro que deixou uma vitima fatal durante a Expocentro será concluído nos próximos dias, no entanto, os bombeiros já sabem quais foram os principais fatores que ocasionaram a fatalidade.
Um deles é que o gás utilizado para encher os balões não era gás hélio, como deveria, por não ser tóxico e nem inflamável, mas sim uma mistura feita manualmente pelo responsável da venda, que continha, inclusive, soda cáustica.

Major Willian Leal Nunes sub comandante do 2º Batalhão de Bombeiros Militar de Curitibanos é perito em incêndio e explosão e foi o responsável pela perícia no local, juntamente com a Polícia Científica, Polícia Civil e Policia Militar. Na tarde de ontem ele concedeu entrevista a nossa reportagem e trouxe detalhes sobre o ocorrido.
Segundo Leal, conforme relato de uma testemunha, duas pessoas faziam a mistura e o enchimento do cilindro, além do masculino de 37 anos que morreu com a explosão, um segundo masculino havia deixado o local para ligar a mangueira para resfriar o recipiente.
Ainda conforme o Major, no veículo da vitima foram encontrados balões que seriam enchidos, alumínio particulado e nas proximidades do local da explosão uma embalagem vazia de soda cáustica. Outra situação que comprova a inexistência de gás hélio nos balões, foi um teste realizado na manhã de ontem no Batalhão curitibanense com um balão apreendido no local.
Nossa reportagem também conversou com a delegada regional Roxane Fávero, a qual ressaltou que devido a morte violenta com a explosão, um inquérito policial já foi aberto e será concluído em 30 dias.
Ela também confirmou a informação divulgada desde domingo pela Comissão Central Organizadora da festa, de que a vitima não tinha autorização para estar no parque realizando a venda.
O ACIDENTE
A fatalidade aconteceu por volta das 16h30 do último domingo, dia 08 de maio, no Parque Pouso do Tropeiro, no último dia da Expocentro.
O acidente ocorreu nos barracões onde, em edições anteriores da festa, acontecia a exposição de gado a galpão. No local Tomaz Magno Lopes dos Santos, manuseava o cilindro quando o mesmo veio a explodir.
Ele teve parte do braço e perna esquerda amputados com a explosão e foi socorrido em estado grave, mas morreu no hospital.
Outra vítima, de 55 anos, que não tinha nenhuma ligação com Tomaz, estava perto no momento do ocorrido e teve ferimentos superficiais. A vítima fatal morava em Lages, mas era natural da Paraíba.
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