Operação mira organização criminosa com atuação dentro de presídios

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A manhã desta quarta-feira (19) começou com o cumprimento de mandados contra uma organização criminosa investigada em Santa Catarina. A operação Intramuros, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), busca desarticular um grupo que teria atuação dentro e fora de unidades prisionais.

As ações fazem parte de um Procedimento Investigatório Criminal da 3ª Promotoria de Justiça de Curitibanos.

Ao todo, foram autorizados oito mandados de prisão preventiva e 30 ordens de busca e apreensão pela Vara Estadual das Organizações Criminosas, todas voltadas a suspeitos ligados ao esquema investigado.

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As equipes realizaram diligências simultaneamente em Lages, São Joaquim, Videira, Pescaria Brava, Rio do Sul, São José, Palhoça, Laguna, Balneário Piçarras, Santa Cecília, Correia Pinto e São Cristóvão do Sul.

A operação também marcou a primeira atuação conjunta com o recém-criado Grupo Estadual de Enfrentamento a Facções Criminosas (GEFAC), do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Durante as primeiras horas da operação, cinco pessoas foram presas em flagrante. Uma delas por integrar organização criminosa e lavagem de capitais, três por porte de drogas e outra por porte ilegal de arma de fogo. O foco da ação é interromper as atividades do grupo, que teria base em Lages e ramificações em outras regiões do Estado.

A investigação teve avanço com informações levantadas pela Inteligência da Polícia Penal, que identificou o uso de telefones celulares dentro de unidades prisionais.

Esse material apontou indícios de crimes organizados a partir do interior dos presídios, com apoio de pessoas em liberdade.

A operação também contou com o apoio do Departamento de Polícia Penal, por meio da Diretoria de Segurança e Operações, para aprofundar a coleta de provas relacionadas a tráfico de drogas, homicídios e outros delitos ligados ao grupo.

Operação “Intramuros”

Segundo o MPSC, o nome Intramuros faz referência à suspeita de que parte das ordens e articulações criminosas tenha ocorrido de dentro do sistema prisional, envolvendo presos e comparsas externos

Os materiais apreendidos serão enviados à Polícia Científica para análise e produção de laudos que ajudarão o GAECO a avançar na identificação de outros envolvidos e no mapeamento da rede criminosa. A investigação segue em sigilo.